quinta-feira, 13 de novembro de 2008

De olho na grana

Cinco atitudes essenciais para manter sempre o dinheiro no bolso

Por Mauro Halfeld


Depois de 12 anos de vida do real, muitos estão endividados e odeiam tratar do assunto. Para quem ainda tem uma chance de mudar, relaciono aqui cinco atitudes para aprimorar a convivência com o vil metal.

1 – Investir tempo cuidando de seu patrimônio. Viciados em trabalho ficam tão cansados de defender o dinheiro de seus empregadores que se sentem totalmente esgotados para pensar no próprio dinheiro. Para o patrão, controlam custos, fazem planejamento financeiro e respeitam os orçamentos. Ao cuidar do próprio patrimônio, são indisciplinados.

2 – Aproveitar as vantagens que o sistema financeiro oferece. Isso mesmo! Cartões de crédito são práticos, relativamente seguros e costumam oferecer bons programas de milhagem. A página do banco na Internet apresenta uma visão rápida de todo o seu fluxo financeiro. Tudo isso, por um custo baixo para quem nunca cai na armadilha do cheque especial ou do crédito rotativo do cartão.

3 – Simplificar a vida financeira. Milhares de brasileiros aprenderam a ter vários cartões de crédito nos tempos de inflação alta. Usavam uma para cada semana. Hoje, essa prática só serve para tomar tempo e encher de névoa o horizonte. Ter poucos cartões e contas bancárias facilita o controle e reduz despesas.

4 – Deixar de se acomodar no papel de vítima. Quando alguém entra numa loja de roupas, dificilmente acredita no discurso do vendedor. Se se arrepende da compra, raramente atribui o erro às luzes especiais da loja e à simpatia do vendedor. Em poucos minutos, a culpa pela decisão equivocada recai sobre o próprio cliente. No entanto, quando se relaciona com o mercado financeiro, a reação costuma ser diferente. A culpa é sempre do gerente, do corretor ou do consultor que o enganou. Dificilmente alguém admite que precisava ter pesquisado alternativas na concorrência, ou que tinha de ter lido com atenção os contratos assinados, ou que não podia ter acreditado em tudo o que chegou a seus ouvidos na agência bancária, uma casa de comércio como qualquer outra.

5 – Conhecer a verdade sobre sua situação financeira. Alguns dizem: “não quero nem ver”, quando a fatura do cartão de crédito é entregue pelo carteiro. Estão perdendo tempo. E tempo vale muito no mundo em que juros são compostos a taxas exorbitantes. Ao contrário, quem logo tiver conhecimento da realidade de sua vida financeira poderá agir com mais rapidez, parar de sentir dor e passar para a fase do prazer que o bom dinheiro oferece.



* Fonte: Revista Seleções, edição Janeiro 2007

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